20 de junho de 2012

Museu do Instituto de Pesca: Patrimônio Histórico e Cultural da Comunidade




Museu do Instituto de Pesca: Patrimônio Histórico e Cultural da Comunidade




(texto: pesquisador científico Roberto da Graça Lopes e
jornalista Antônio Carlos Simões)

A função básica do Museu do Instituto de Pesca é desenvolver ações científico-culturais, levando a comunidade a se conscientizar da importância da preservação e utilização racional do ambiente aquático. 
Coodenador de Atividades Técnicas: Roberto da Graça Lopes
Endereço: Avenida Bartolomeu de Gusmão, 192 CEP:11030-906 Santos – SP
Fone: (013) 3261-5260/ 3261-5995
e-mailmuseu@pesca.sp.gov.br
Museu do Instituto de Pesca tem finalidades científico-culturais e objetiva a difusão de conhecimentos originados do estudo do ambiente aquático e da tecnologia aplicada na exploração racional dos recursos marinhos e de águas continentais. É sua função ainda desenvolver atividades educativas não formais, com o intuito de criar ou descobrir e estimular mentalidades dirigidas à correta utilização dos recursos naturais, incluindo os recursos pesqueiros.
Museu tem também outro importante papel, ao se relacionar com a Cidade de Santos desde o início do período desenvolvimentista, uma vez que o prédio, construído no local de uma fortificação datada do século XVIII (Forte Augusto), abrigou inicialmente a Escola de Aprendizes-Marinheiros, depois uma Escola de Pesca e, finalmente, um dos primeiros Institutos de Pesquisa na Baixada Santista. E é muito relevante manter vivas essas referências ao passado, mostrando sempre para a comunidade a importância do prédio do Museu como patrimônio histórico e cultural desde sua origem.
O grande edifício que sedia o Museu tem estilo eclético, característico da época em que foi construído (1908), pois reflete a influência de diferentes estilos arquiteturais clássicos. Apesar de sua importância histórica, apenas em setembro de 1986 iniciou-se um processo para tombamento do imóvel junto ao CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado de São Paulo. Esse processo foi concluído em 1998, quase treze anos depois, com o tombamento oficial do imóvel, através da Resolução SC-40, de 2 de abril de 1998, publicada no Diário Oficial de 7 de abril de 1998. Consideraram-se partes integrantes do tombamento todo o paisagismo que emoldura o edifício, bem como o muro de fechamento frontal em toda a testada da área, ficando excluídas as demais construções do Instituto de Pesca, situadas no mesmo terreno.
Principais Atrações
- acervo constituído de peças biológicas taxidermizadas (empalhadas), esqueletos de animais aquáticos e conchas de moluscos;
- esqueleto de baleia Balaenoptera physalus, com 23 metros de comprimento e pesando 7 toneladas;
- exemplares de tubarões taxidermizados;
- aquários com espécies produzidas pela aqüicultura paulista;
- representação de 4 ecossistemas marinhos do litoral paulista (manguezal, costão rochoso, praia arenosa e fundo do mar), sob a forma de dioramas (cenários);
- sala lúdica apresentando a simulação de um barco;
- lula gigante Architeuthis sp., com 5 metros de comprimento e pesando 91 quilos; único exemplar em exposição no mundo.
- Tubarão mega boca - Megachasma pelagius de 1,90 m
- Tubarão-golfinho - Lamna nasus - de 1,80 m
- Tubarão-galhudo - Carcharhinus plumbeus - de 1,70 m
- Tubarão-bico-de-cristal - Galeorhinus galeus - 0,70 cm (procedente da Ilha dos Açores)
- Raia - Manta birostris - de 4,40 m

Observações:
a) aberto de quarta a domingo, das 10 às 18 horas;
     Ingressos: R$2,00
     Estudantes: R$1,00
     Crianças até 6 anos e idosos acima de 60 anos: Isentos
b) visitas escolares monitoradas, agendadas previamente pelo telefone:  (013) 3261-5260;
c) orientação a trabalhos escolares nas áreas de ecossistemas aquáticos e pesca.

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Foto: Marcus Cabaleiro

12 de junho de 2012

FAZENDO ARTE - MANDALAS









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Marcus Cabaleiro

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTOS

Um pouco de História
Data de 1547 o primeiro Conselho da Vila de Santos (à época denominada Enguaguaçu), integrado pelos fundadores do povoado - “homens bons da terra”, conforme registra o historiador Francisco Martins dos Santos
Com poderes hoje pertinentes à Câmara e à Prefeitura, esse conselho, composto de “juis ordinário, dois ou três vereadores, um escrivão e um procurador”, reunia-se em modesta edificação, onde atualmente encontra-se instalada a Alfândega.
Em carta datada de 3 de abril de 1555, D. Duarte da Costa, segundo governador-geral do Brasil, que sucedeu Tomé de Souza, comunica a D. João III a existência do conselho Trinta e oito anos mais tarde, o prédio onde funcionava a representatividade do povoado foi requisitado para a instalação de uma igreja, mosteiro e colégio dos padres jesuítas, obrigando o conselho a adquirir terreno e imóvel no Largo do Carmo, local que hoje seria o meio da Praça da República, em frente à Igreja do Carmo. De acordo com o memorialista Bandeira Júnior, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, o conselho ocupava o primeiro andar da construção e o térreo abrigava a cadeia.
Apesar da grande importância política dos conselheiros, uma vez que ainda não havia a figura do prefeito, apenas em 1795 é que a história acusa o primeiro registro oficial do Poder Legislativo, com livros de vereança e o número 1 das Atas da Câmara.
Durante o Império, os conselhos passaram a ter sete integrantes, número que aumentou para oito e depois nove. Já na República, esse total passou a ser de onze vereadores. Diz a história que, até 1829, os vereadores, responsáveis pela administração da Cidade, eram escolhidos entre os donos de terras da região ou mesmo padres. Houve uma época, inclusive, que o povo chamava o Legislativo de Câmara dos Padres – além do presidente, três vereadores eram sacerdotes.
Em função dos riscos de desabamento do prédio instalado onde hoje se encontra a Praça da República, em 1870 as atividades da Câmara foram transferidas para o casarão da Praça dos Andradas – a Casa de Câmara e Cadeia, que se encontrava em construção há 30 anos. A exemplo do primeiro prédio, o Legislativo também ocupou o primeiro andar, com a cadeia no térreo.
Em 1896, a Câmara mudou-se para o palacete do comerciante português Comendador Manoel Joaquim Ferreira Neto, no Largo Marquês de Monte Alegre, prédio que ocupou por 43 anos. Conjunto arquitetônico em estilo neoclássico, os casarões, utilizados como residência até 1895, foram considerados a maior edificação da província de São Paulo à época – o primeiro bloco é datado de 1867 e o segundo, de 1872. A título de curiosidade, a partir de 1940 os imóveis foram utilizados como escritório de café, bar, restaurante e hotel. Um incêndio, em 1985, transformou um dos blocos em ruínas e, no ano seguinte, uma das paredes desabou. Em 1992, outro incêndio consumiu o que restou dos casarões e a Prefeitura realizou obras de consolidação das paredes.
Em 1945, a Câmara passou a ocupar espaços no prédio da Prefeitura, na Praça Mauá. A edificação, com seis andares, começou a ser construída em 1936 e sendo inaugurada em 26 de janeiro de 1939, dia da comemoração do centenário da elevação da Vila de Santos à categoria de Cidade.




A nova sede do Legislativo para o séc. XXI
A partir de agosto de 2011, Santos passa a ter seu Legislativo no antigo edifício que abrigou o Corpo Municipal de Bombeiros. Projetado pelo engenheiro e arquiteto Maxiliano Emílio Hehl, em 1907, desde 1909 até 2011, as gerações de santistas se habituaram a considerar o “Castelinho”, um local voltado a preservar a vida.
Como todo castelo, o do Legislativo santista também possui preciosidades.Tombado pelo Patrimônio Histórico, nas paredes e pisos do andar térreo pode-se diferenciar o cuidado com a restauração. Nos pés direitos das salas, que abrigam setores como a administração e processamento de dados, vemos fileiras de desenhos em art déco, com as cores seguindo os padrões do século passado, porém, uma parte conserva-se protegida, com papel vegetal que mostra, mesmo desbotada, a delicadeza de uma época, aliás, o período dourado do café.
Ainda no térreo, o piso segue o padrão dos Diagramas de Penrose, que induzem à ilusão de ótica, para aumento de espaço. Em 2012, o atual presidente da Mesa Diretora, Manoel Constantino dos Santos, inaugurou o “Memorial do Bombeiro”, sala de exposição de fotos e equipamentos que contam a história da Corporação.
No andar superior do Castelinho, encontram-se o Gabinete da Presidência e Coordenadoria Geral do Gabinete da Presidência, nos quais paredes, janelas e assoalhos de madeira conservam a mesma austeridade do comando da Corporação.
Na antiga área de treinamento e garagem do Corpo de Bombeiros, encontra-se a nova construção, que complementa o Legislativo. Entre o espaço histórico e o edifício construído, um espelho d´água recebe o visitante que, da área preservada, entra na moderna Câmara Legislativa. Os vidros do edifício refletem não apenas as nuvens e os fundos do Castelinho, como verdadeira muralha, mas enfatizam a transparência necessária dos trabalhos realizados ali.
O prédio de três andares, projetado pelo arquiteto Ney Caldatobaseia-se em linhas simples e funcionais que passam, de forma suave, do tradicional para o futurista século XXI.  Contudo, nas duas áreas existem sinalizadores em braile, indicação e elevadores e sanitários para portadores de necessidades especiais. O Legislativo torna-se, desta forma, acessível a todo cidadão, com infra-estrutura para acolhê-lo em qualquer momento.
No térreo, encontra-se auditório, conhecido como “plenarinho”, para cursos, palestras diversas e audiências públicas. Voltado para um público de até 115 pessoas, conta com  modernos recursos de apresentação visual. Neste andar também funcionam as alas administrativas, legislativa e a procuradoria.
Os gabinetes dos vereadores encontram-se nos três andares seguintes. No primeiro andar, a ala do Plenário, com lugares para até 23 vereadores, também abriga uma pequena sala de reuniões e outra para taquigrafia, imprensa e cabine de edição.
No segundo piso, encontra-se a Galeria para o público e, no último andar, o edifício conta com espaço para eventos, onde abre-se um pequeno terraço para a Encosta do Monte Serrat.
Para o santista e turistas, a Câmara Municipal passa a oferecer, a partir de abril de 2012,  visita monitorada, em especial, aos alunos de escolas públicas e particulares. Maiores informações e agendamentos no telefone  (13) 3211-4109.

8 de junho de 2012

Pinacoteca Benedito Calixto - Santos - SP - Brasil








Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, localizado em Santos, o casarão conhecido como "Casarão Branco no Boqueirão" é um exemplar da aurea do café no Brasil. Foi construído em 1900 pelo alemão senhor Dickr, mas, em 1910 saiu do Brasil por motivos familiares, se desfazendo assim de sua moradia para um Barão do Café, conhecido com Francisco.C. Pires, mas em 1913 a família Pires vendeu o imóvel para sede do asilo dos inválidos. Em 1921 eles resgataram o casarão e executam uma reforma dando origem a novos ambientes na casa. Foi construído um quarto de costura e um jardim de inverno.
A casa tem um estilo arquitetônico eclético, sua decoração interna é composta por arte Nouveau, a escada é de mármore Carrara, com corrimão de ferro maciço. Essa residência foi uma das precursoras na área da construção, totalmente isolada, diferente das casas da época que eram geminadas. Havia um alojamento de criados e duas salas de aula para as crianças estudarem.No jardim localizava-se uma quadra de tênis e um pomar. Devido a quebra da bolsa de valores, ocorreu a desvalorização do café em 1935. Os Pires tiveram que se desfazer da casa. Por um período curto, a casa foi um pensionato de moças. Uma família de espanhóis compra o casarão. Em 1987 os herdeiros perceberam o crescimento da região e decidiram vender o imóvel para uma construtora. A prefeitura interveio, declarando o imóvel como patrimônio histórico cultural da cidade. Os herdeiros não conseguiram entrar em acordo com a prefeitura sobre o valor do imóvel, fazendo com que abandonassem, transformando em cortiço, causando assim a degradação do local. A partir de 1986 a prefeitura resolve resgatar e restaurar o imóvel. Seis anos depois como homenagem a Benedicto Calixto, o retratista do mar


Pinacoteca é um museu que contém um acervo de pinturas. A origem desta palavra, que significa « sala que contém uma coleção de quadros, é o latim "pinacotheca", derivado do grego antigo "pinacothêkê" : pinax - akos quadro et thêké caixa.
As pinacotecas costumam conter quadros de pintores nacionais e internacionais, mas geralmente o acervo permanente é focado na arte nacional ou característica artística da região. Costuma também abrigar exposições temporárias, e as vezes a obra de artistas de renome internacional.


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Marcus Cabaleiro

6 de junho de 2012

Palácio Saturnino de Brito - SABESP - SANTOS - SP - BRASIL

No hall, uma escadaria com degraus e corrimão em puro mármore nacional, centralizando sobre seu patamar o vitral denominado "Os Bandeirantes". Este ambiente é iluminado por uma cúpula também de vitral, em cujo centro destaca-se o escudo do Estado de São Paulo.
hall é ainda revestido de marmorite, com piso de faixas de mármore e campo de granilite filetado de latão. A iluminação indireta é feita atrvés de calhas de gesso, modelado e pintado à "majolica".



O vitral de Conrado no Palácio
"Os Bandeirantes", de Conrado Sorgenicht Filho - Os primeiros vitrais do país, de autoria do artista alemão Contrado Sorgenicht Filho, surgiram no século passado. Entretanto, coube ao seu filho, de mesmo nome, a criação do denominado "estilo brasileiro", por refletir feitos históricos, junto a paisagens locais. Seu primeiro trabalho dessa série é o vitral "Os Bandeirantes", integrante do conjunto arquitetônico do Palácio Saturnino de Brito.
Com seis metros de altura, esta importante obra retrata a escalada da Serra do Mar pelos bandeirantes portugueses, acompanhados de indígenas, no transporte de riquezas. Resume visualmente a formação de nossa etimologia e cultura. Bastante colorido, com figuras bem elaboradas, transmite uma imagem que pode ser equiparada ao moderno tropicalismo.



VITRAL E CLARABÓIA NA SABESP - SANTOS - SP

Palácio Saturnino de Brito

Av. São Francisco, 128 – Centro/Santos

Terça a domingo, das 11h às 17h
Grátis


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Marcus Cabaleiro